Oi mocidade linda! Como vocês estão?
Olha eu aqui de novo: Renata Teodoro, profa. da fisiointensiva no nosso super blog.
Gente, não sei vocês, mas eu tenho uma dificuldaaaaadeee com tecnologia! Sou praticamente uma cyber analfabeta! As vezes o celular trava esculhamba as coisas todas e tenho que chamar minha priminha de 4 anos para o suporte técnico. Aí ela responde: De novo???? Se você é dessas ou desses: seus problemas aumentaram!!! É isso mesmo! A tecnologia cada vez mais está sendo usada na saúde. E nós vamos ter que aprender! Apesar, que vocês são jovens, da geração que ao nascer, ao invés de placenta saiu um smartphone!
No mercado, existe uma série de aplicativos para terapia intensiva, incluindo aqueles para monitorização da ventilação mecânica e ajustes de parâmetros, que facilita um montão a nossa vida, principalmente na hora de fazer aqueles cálculos intermináveis da mecânica ventilatória (Affffff gente! Mas, fisioterapia tem matemática? Só resolvi fazer porque achava que passaria longe dos números!!!! Ohhhh judiação dos pobres calouros!). Mas e para tooooodo o resto do trabalho fisioterapêutico ao doente crítico e também após sua alta da UTI?
- Já tem também!!!!
Um estudo piloto recentemente publicado no Journal of Cardiothoracic surgery, intitulado: “fit 4 surgery”(1) avaliou a utilização de um aplicativo para implementar a mobilização precoce no doente crítico, evoluindo até a reabilitação em casa. Na UTI o app dava ao fisioterapeuta as diretrizes dos exercícios a ser implementado, baseado nos protocolos britânicos de mobilização e reabilitação e depois em casa o paciente recebia as orientações sobre os exercícios a fazer e as suas repercussões, sempre sob monitorização.
O app foi desenvolvido para o iphone e tinha acoplado, um oxímetro de pulso, que registrava a frequência cardíaca e a saturação periférica de O2. Além disso, era avaliado a dispneia pela escala Medical Research Council (MRC) e questões sobre a utilização do app.
Concluíram que o app na fase de mobilização precoce no doente crítico uniformizou a conduta fisioterapêutica, deu mais segurança a equipe e a periodização da mobilização foi mais efetiva, além de encorajar os profissionais envolvidos na instituição da mobilização, já que participaram do estudo: médicos, enfermeiros e fisioterapeutas. O uso em casa se mostrou viável, seguro e efetivo, pois o paciente sentia que tinha um “fisioterapeuta virtual” lhe orientando, também demonstrou ótima aderência e aceitação ao programa e ao app.
Então mocidade, bora se preparar, porque isso não é no futuro não! É no presente! Olha o pessoal da família Jackson (lembra desse desenho? Era todo futurista, se passava em 2020) tinha toda razão! Só faltam os carros voadores, mas o pessoal dos app de compartilhamento de carro já está providenciando.
Claro que substituir um profissional por um app ou uma máquina na área da saúde ainda é impensável, por isso precisamos examinar bem essas novidades, nos atualizar e utilizar como instrumento, mas nunca como um substituto da nossa inteligência (sem modéstia!!).Somente um humano pode compreender a dor e as necessidades de outro humano, mas a tecnologia pode nos ajudar a ajudar nossos irmãos de humanidade com mais eficiência, segurança, assertividade e tudo claro, baseado em evidência.
Beijos cheio de tecnologia e de humanidade!
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