Olá galera, olha nós aqui outra vez! Eu sou Renata Teodoro, profa. da fisiointensiva, e dessa vez, venho aqui falar sobre as terapias de expansão pulmonar. Firmes e fortes???? Vocês estão comigo??? Eu ouvi um amém???? Então vamos lá!
Muitas são as causas para o colapso alveolar, podendo ser por supressão da respiração ou tosse (p. ex., anestesia geral, sedação excessiva, dor pleurítica grave), posicionamento em decúbito dorsal, particularmente em pacientes obesos, compressão ou colapso do parênquima pulmonar (p. ex., por um grande derrame pleural ou pneumotórax), Compressão extrínseca das vias respiratórias (p. ex., por tumor, linfadenopatia ou corpo estranho). Uma vez no hospital universitário, vi uma atelectasia total de pulmão direito. O paciente tinha levado um soco na boca e broncoaspirou o dente, que parou no brônquio principal direito. Ai não sabíamos se chamávamos a cirurgia torácica ou o dentista para a extração do tal dente.
Cirurgias torácicas e abdominais são causas muito comuns, porque envolvem anestesia geral, consumo de opiáceos (com possível depressão respiratória secundária) e, muitas vezes, dor à respiração. Um tubo endotraqueal mal posicionado pode causar atelectasia ao ocluir um brônquio-fonte. Causas menos comuns da atelectasia incluem disfunções do surfactante e cicatrizes ou tumor do parênquima pulmonar.
Para começar o que são essas tais terapias de expansão pulmonar? Os recursos terapêuticos para expansão ou reexpansão pulmonar, surgiram da necessidade de se prevenir ou tratar a redução de volume pulmonar. O colapso alveolar causa perda volumétrica com consequente redução na capacidade residual funcional (CRF), podendo levar à hipoxemia e aumentando o risco de infecções e lesão pulmonar caso não seja revertido. Ou seja, o colapso alveolar, diminui a área de trocas gasosas.
O momento áureo de um fisioterapeuta respiratório é quando ele compara a primeira radiografia, que demonstrava uma extensa área de opacidade, pinçamento de arcos costais, desvio do mediastino para o mesmo lado com a imagem obtida após sua intervenção, ventilada, maravilhosamente transparente, com as estruturas mediastinais no lugar e o espaço intercostal adequado. Vixxiiiii Maria! da vontade de tirar foto e colocar no facebook, instagram, grupo da família e gritar para quem acha que fisioterapia é massagem: VEM AQUI QUE EU TE EXPANDO TAMBÉM CABEÇÃO!!!!! A gente passa o dia todo falando no assunto:
- No bar com aquele amigo que mora na praia e vive da sua arte: Menino de Deus! Hoje peguei uma atelectasia monstra, nossa!!! Deu um trabalhão, mas abri todo o pulmão do doente. Ele me deve a vida agora, mas tudo bem porque salvar vidas é a minha função.
- No metrô Sé sentido Corinthias Itaquera ás 18 hs: menina essa restrição à expansibilidade torácica imposta por tantos humanos em um ´confinado espaço pode me levar ao colapso alveolar! Por falar nisso, hoje eu abri um colapso monstro! Coitado do doente se eu não tivesse revertido certamente estaria morto nesse momento! Mas Deus me deu esse dom, tenho que colocar a disposição da humanidade! E assim por diante.....
Os exercícios respiratórios também conhecidos como exercícios de inspiração profunda, a inspirometria e a espirometria de incentivo, estão indicados (ou deveriam estar) para pacientes colaborativos e capazes de gerar grandes volumes pulmonares. Segundo conta a lenda, eles são capazes de aumentar o volume corrente e reverter a atelectasia! Naaaada!!!!! Os estudos comprovaram que não são capazes de expandir nada nem ninguém rsrsrsrs. Então inspiração profunda só para os apaixonados cheios de dopamina e norepinefrina e com baixas doses de serotonina no encéfalo (paixão não existe gente! É só seu cérebro zoando seus neurotransmissores).
Em um estudo publicado no periódico “Journal of health sciences em 2016, utilizando a tomografia de impedância elétrica, um método não invasivo de visualização da mecânica respiratória beira-leito, os cientistas observaram em tempo real, a ventilação regional pulmonar a cada ciclo respiratório, avaliando a reexpansão pulmonar durante as manobras fisioterapêuticas de bloqueio torácico e hiperinsuflação pulmonar com AMBU. Concluíram que após as manobras de bloqueio torácico há redistribuição da ventilação pulmonar no pulmão contralateral e na hiperinsuflação pulmonar houve redistribuição da ventilação pulmonar em ápices pulmonares e redução em bases, portanto, a monitorização demonstrou que essas manobras são eficazes para reexpansão pulmonar. Palmas para a fisioterapiaaaaaa!!!!
A ventilação com pressão positiva seja intermitente ou continua, apresenta sólidas bases de evidência científica na reversão das atelectasias. Agora, retirar o paciente do leito, ainda continua padrão ouro para melhorar a distribuição de ar entre as unidades dependentes. Então mocidade bora levantar os enfermos! Chega ser bonito você contar para a sua família que levantou um enfermo.
Então avante fisioterapeutas! E boas expansões ou reexpansões pela vida!!!!
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Bjo grande e até a próxima.
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